
IMAGEM: Virginia Woolf
Eras transcorreram;
a vegetação apareceu;
onde há vegetação, a lei da Natureza decreta que devam existir coelhos;
e,
onde existem coelhos,
a Providência Divina ordena que existam cães.
Não há nada nesta afirmação que suscite questionamentos ou comentários.
Mas as dúvidas e as dificuldades surgem ao nos perguntarmos
por que o cão que capturou o coelho foi chamado de Spaniel.
Alguns historiadores dizem que,
quando os cartagineses aportaram na Espanha,
os soldados rasos gritavam em uníssono:
"Span! Span!"
— já que coelhos disparavam como flechas
do interior de todas as moitas e arbustos.
Os coelhos davam vida àquela terra.
E span,
na língua dos cartagineses,
significa coelho.
Assim, a terra foi batizada de Hispania,
ou seja,
"coelhândia".
E os cães,
que vinham sempre no encalço dos coelhos,
foram apelidados de spaniels,
ou
"cães-coelheiros".

Eis a bondade em forma de cão.
Um livro para se contemplar nas férias,
ou por quem precisa de férias.
Flush é um cão-coelheiro (cocker spaniel),
um alento | frescor | contentamento
às boas almas.
Boa leitura!
vide a sinopse em 'Comentários'
Um comentário:
Flush: Memórias de um Cão
Virginia Woolf
Coleção: POCKET, V. 351
Autor: WOOLF, VIRGINIA
Editora: L&PM EDITORES
Assunto: LITERATURA ESTRANGEIRA - ROMANCES
A obra é a biografia de um cão que mostra aventuras e mistérios da existência percebidos através dos olhos do melhor amigo do homem. O personagem central dessa história é um cocker spaniel de origem inglesa, Flush. Em pleno processo de apreensão do mundo e de si mesmo, ele ama tanto os raios de sol quanto um pedaço de rosbife, a companhia de cadelinhas malhadas assim como a companhia de seres humanos, o cheiro de campos abertos tanto quanto ruas cimentadas e o burburinho da cidade. A autora tece comentários sobre a sociedade inglesa e vitoriana e seus valores.
Postar um comentário